A obra Phobos Ex Machina incide na fotografia como meio de influência num mundo pós-verdade. Os autores gostariam de convencer os visitantes de que as árvores são extremamente perigosas recorrendo a diversas táticas da pós-verdade: bolha de informação, anacoretismo, negligência da probabilidade e enviesamento regressivo. Na mitologia grega clássica, Fobos é a personificação do medo. O termo Deus Ex Machina foi cunhado da tragédia grega, onde se utiliza uma máquina para descer sobre o palco os atores que desempenham o papel de deuses. Phobos Ex Machina examina de que forma a manipulação através do medo afeta as nossas escolhas. A Internet e os meios de comunicação social fizeram a promessa de um fórum “de muitos para muitos”, de uma ferramenta de comunicação verdadeiramente democrática, isenta de influência governamental ou empresarial. Mas esta promessa está a ser atacada. Os poderes interessados empregaram o medo como uma ferramenta para estimular uma ação desejada. Os algoritmos amplificam um ponto de vista à custa de outro. Distorcem a nossa perceção da realidade e, assim, as nossas escolhas - escolhas que acreditamos ter feito de forma independente. As emoções e os meios de comunicação encontram-se numa perigosa circularidade, conduzindo-nos a um mundo dominado pelo medo.
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