A base de nossa existência é o ambiente e, ainda assim, a maioria das nossas ações visa acelerar a
contagem regressiva até o esgotamento.
Para a maioria de nós, mesmo que inconscientemente, a superioridade humana sobre o resto das
espécies ainda é tomada como garantida. Acreditamos que somos melhores.
Esse é o tipo de raciocínio que deriva de um modelo de pensamento em que o humano está no topo da
pirâmide.
A meu ver, a crise ecológica tem na sua raiz o egoísmo humano.
Dado isso, o projeto que apresento tem como base apresentar uma passagem de um “Egosistema” para
um Ecossistema, onde vivemos em harmonia com o nosso ambiente. Demonstrando uma adequação
ambiental, relacionando-se assim, ao tema da Bienal.
O ego é o antropocentrismo. É pensar que o homem é o centro de tudo e ver em todo o restante
apenas uma subserviência forçada à raça humana.
A consciência de si mesmo e da importância de cada pequena coisa no mundo é o eco. Entender que
tudo tem alma e que não somente a raça humana, mas todo o planeta, é essencial para a manutenção
do equilíbrio terrestre.
Pretendo relembrar que também fazemos parte da natureza, sem qualquer sentimento de
superioridade ou especialidade em relação a ela. O que acontece à terra, acontece ao habitantes da
terra.