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Rita Castro Neves & Daniel Moreira

HUMANIMAL

Rita Castro Neves & Daniel Moreira

humanimal parte da idealização de um mundo mais conectado nos seus elementos entre natureza e humano.

Esta ideia-necessidade de rever a separação desalinhada entre nós e o mundo, propõe como que uma transição para uma nova forma de ser. As imagens da série são assim experiências de novos humanos-natureza-animais, em corpos adaptados e em transição.

Todavia, a adaptação proposta não fecha uma proposta ecológica ou humanamente concretizável, mas antes uma experiência visual, sobre possibilidades materializáveis através da imagem. A série não é programática - antes poética e utópica - e lança mão do meio que dominamos e operamos: a criação artística. Nesta linha, a reflexão não é só a partir, mas também, sobre o fazer fotográfico.

Ancorada na nossa prática de observação da natura, com atenção especial às qualidades matéricas dos elementos seus, são aqui exploradas as possibilidades formais e materiais de folhas, esponjas, cascas, para potencializar as suas relações com o humano, para lá do seu ser-objeto.

Os corpos que usamos são os nossos, expondo-nos à experiência - do fazer e do olhar. A performatividade destes corpos transformando-se em diferentes paisagens implicam o que é claramente visível nas imagens, isto é que as deslocações físicas são várias - de geografia, bioma e estação do ano - mas que a nossa deslocação é também outra, a de nos reposicionarmos num atelier móvel e a céu aberto.

Nos jardins exteriores três estruturas incluem oito fotografias de empoderamento. Cada uma, afirmação visual, assenta na ligação inusitada entre os elementos encenados (humano-não humano-paisagem, sublinhando uma reflexão sobre relações visuais criadas entre corpo humano e corpo natural, como um corpo único - ainda que ideologicamente ficcionado. Assim como um mapa não é um território, mas apenas uma sua representação, as aproximações visuais operadas são do campo bidimensional, não se aguentando a um espreitar lateral, ou a uma lógica realista. Essa visível fragilidade destas imagens fabricadas, sublinha também o caráter incerto do nosso futuro.

http://ritacastroneves.com/pt/

https://www.danielmoreira.net/